A TV paga OTT representará 65% das assinaturas totais de TV paga até 2030 no Brasil

A TV paga no Brasil vem enfrentando um forte declínio no cabo e no satélite nos últimos anos, mas a rápida expansão dos serviços de TV paga OTT (também conhecidos como vMVPDs) está remodelando o mercado. Segundo previsões da Dataxis, as assinaturas de TV paga OTT crescerão de 2,5 milhões em 2024 para 6,1 milhões até 2030, representando 65% do total de lares com TV paga. A Claro TV+ lidera o mercado com mais de 1,2 milhão de assinantes oficialmente reportados no 1º trimestre de 2025, impulsionada por pacotes combinados com grandes SVODs. No lado atacadista, diversos operadores estão fornecendo serviços para provedores de Internet: o Sky+ (ex-DGO) soma mais de 2.000 parceiros, o Zapping TV em torno de 1.000, enquanto o Watch Brasil desponta como o principal consolidador. O Watch revelou recentemente ter firmado parcerias com 2.180 ISPs – cerca de um quarto do mercado – seja distribuindo seu próprio app (com 170 mil assinantes estimados no 2º trimestre de 2025) ou oferecendo plataformas OTT white-label. A abordagem white-label vem ganhando força. Um dos motores por trás dessa mudança é a expansão dos provedores regionais de Internet, em sua maioria operadoras de fibra. No 2º trimestre de 2025, quatro grandes operadoras de fibra – Alares, Ligga, Alloha Fibra e Vero – lançaram seus próprios aplicativos de TV paga por meio da plataforma do Watch. A Ligga, sozinha, definiu a meta de converter 10% de sua base de fibra (cerca de 35 mil assinantes) no primeiro ano. Se replicado por novos entrantes, isso poderia representar quase 400 mil assinantes adicionais de TV paga OTT, embora escalar essa adoção permaneça um desafio para ISPs maiores como a Alares. Os modelos de TV atacadista e white-label estão permitindo que os ISPs se diferenciem em um mercado fragmentado, sem os altos custos de construir plataformas de TV internamente. Permanecem dúvidas sobre a rentabilidade desses serviços de vídeo e os custos de largura de banda associados. No entanto, a tendência é clara: até 2030, esse movimento pode frear o declínio da TV paga no Brasil.

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